16/01/2007
Hoje, o ensaio foi a quatro. Bem, a cinco... Quer dizer, até foi a seis, se tivermos em consideração o público inesperado que tivemos.
O dia não me tinha corrido lá muito bem. Depois de uma noite mal dormida, de uma manhã ruidosa (malditas obras frente ao meu prédio!!), a ligeira constipação e tosse irritante não me deram tréguas ao longo do dia, para além de estar parcialmente afónico (que impressão, fazer um esforço tremendo para falar e a voz teimar em não sair).
“Não consigo ensaiar assim!”, ainda pensei para mim algumas vezes ao longo do dia. Mas é mais forte do que nós, esta vontade de criar, de aprender, de estar com os amigos, de sentir sensações e emoções, de descobrir sentimentos e verdades no interior de Lisandro, que teima em se esconder ainda atrás de um texto inseguramente memorizado.
Lá estivemos os quatro apaixonados a ensaiar algumas das suas cenas mais importantes, feitos “heróis”, diria, pois pela primeira vez nenhum de nós teve, em cena alguma, o texto em mãos, ainda que uma voz mágica e atenta, por vezes, nos salvasse das nossas ainda compreensíveis brancas.
O encenador chamou-nos hoje à atenção para a importância dos ritmos certos das frases e do cuidado a ter com a dicção, pois por vezes a emoção faz-nos correr o texto e descurá-la.
Fizemos progressos importantes. Há que registá-los nas memórias e sentir o corpo dos personagens ganhar forma e vida através dos nossos e as personalidades das mesmas falarem através de nós. Diria que se trata quase de um sentimento de possessão que o actor tem de controlar com a sua técnica. A Verdade do Teatro tem de vir ao de cima, falta o Acreditar e a convicção de que, em palco, “somos” uma alteridade, um “outro”.
Bem, e esta voz que teima em não sair? Ainda pensei em fazer um chá, como alguém que nós sabemos, a esta hora, certamente está a preparar. Mas... bem, acho que me fico mesmo pela poncha, os chás nem sempre me caem bem.
E agora, “descansem bem, tesouros meus”, porque amanhã há mais.
Hoje, o ensaio foi a quatro. Bem, a cinco... Quer dizer, até foi a seis, se tivermos em consideração o público inesperado que tivemos.
O dia não me tinha corrido lá muito bem. Depois de uma noite mal dormida, de uma manhã ruidosa (malditas obras frente ao meu prédio!!), a ligeira constipação e tosse irritante não me deram tréguas ao longo do dia, para além de estar parcialmente afónico (que impressão, fazer um esforço tremendo para falar e a voz teimar em não sair).
“Não consigo ensaiar assim!”, ainda pensei para mim algumas vezes ao longo do dia. Mas é mais forte do que nós, esta vontade de criar, de aprender, de estar com os amigos, de sentir sensações e emoções, de descobrir sentimentos e verdades no interior de Lisandro, que teima em se esconder ainda atrás de um texto inseguramente memorizado.
Lá estivemos os quatro apaixonados a ensaiar algumas das suas cenas mais importantes, feitos “heróis”, diria, pois pela primeira vez nenhum de nós teve, em cena alguma, o texto em mãos, ainda que uma voz mágica e atenta, por vezes, nos salvasse das nossas ainda compreensíveis brancas.
O encenador chamou-nos hoje à atenção para a importância dos ritmos certos das frases e do cuidado a ter com a dicção, pois por vezes a emoção faz-nos correr o texto e descurá-la.
Fizemos progressos importantes. Há que registá-los nas memórias e sentir o corpo dos personagens ganhar forma e vida através dos nossos e as personalidades das mesmas falarem através de nós. Diria que se trata quase de um sentimento de possessão que o actor tem de controlar com a sua técnica. A Verdade do Teatro tem de vir ao de cima, falta o Acreditar e a convicção de que, em palco, “somos” uma alteridade, um “outro”.
Bem, e esta voz que teima em não sair? Ainda pensei em fazer um chá, como alguém que nós sabemos, a esta hora, certamente está a preparar. Mas... bem, acho que me fico mesmo pela poncha, os chás nem sempre me caem bem.
E agora, “descansem bem, tesouros meus”, porque amanhã há mais.
Sandro Nóbrega
“Lisandro”
“Lisandro”
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