sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Diário do Encenador

17/01/08

Atitudes

Voltei a trabalhar pormenores e aumentei o nível de exigência no trabalho dos actores… Bem, agora sem o “maldito papel” nas mãos, vou “tirar” cada vez mais deles… As doses “homeopáticas” estão a resultar, mas ainda encontro uma certa resistência ou dificuldade da parte deles.

Comecei o trabalho, antes da hora determinada para o início do ensaio com apenas um actor que havia chegado mais cedo. Inicialmente, trabalhámos um pequeno texto que ele dizia “não estar decorado”, então, ajudei-o assimilar as ideias e, eis que tudo aconteceu! Entretanto, ele tem de fixar o que estudamos minuciosamente.

Depois, passámos o 4º e o 5º actos da peça. Interrompi todas as cenas como se eu estivesse no trânsito, na hora de ponta, no famoso “pára arranca”. Essas paragens não foram apenas para corrigir alguns erros, mas sim, para acrescentar elementos novos na interpretação dos actores, para aprimorá-los, enfim “aparar as arestas” ou “lapidar o diamante em bruto”. Nessa cansativa tarefa, procurei manter o bom humor e ânimo dos actores… Ah, como é bom ver que alguns, quando não estão em cena, continuam a estudar o texto e preparam-se antes de entrar em cena. Só espero que isso tome conta do elenco todo, pois eu “sonho numa noite de inverno” com o dia em que todos os actores estiverem a aproveitar, individualmente, cada minuto para estudarem as falas, massajarem as cordas vocais (só exercícios músculos faciais e não ficarem a “berrar” pelos cantos. À noite, as vozes já estão suficientemente aquecidas e até cansadas), alongarem a musculatura e, finalmente, concentrarem-se antes de entrarem em cena… “Havemos de lá chegar”…

Concluindo, apesar de … Foi um bom ensaio.

… Hoje, não me apetece chá… Apenas alguma nozes… Eu não devia comer isso, está tarde… Mas, olha! Apeteceu-me!

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