domingo, 13 de janeiro de 2008

Diário do Encenador

12/01/08

Dos Retalhos até a Colcha

Chegámos para mais um ensaio. Comecei com uma breve e já conhecida introdução para integração do grupo e, seguidamente, dividi o elenco em dois grupos. Pedi-lhes que se sentassem no espaço supostamente compreendido como coxias. Nenhum actor na plateia durante a passagem da peça!

O ensaio começou e as cenas decorreram como previsto. Houve melhorias e já pude sentir como poderá ficar o espectáculo. A coreógrafa fez novos apontamentos e pedi-lhe para ter atenção em alguns pormenores pertinentes. O objectivo desse ensaio era dar ao elenco a noção do espectáculo como um todo e avaliar o desempenho dos actores, é claro.

Senti, finalmente, que a nossa “colcha de retalhos” começava ser cosida. Alguns pontos de alinhavos aqui e acolá começaram a revelar uma agradável combinação de cores… Hoje sinto-me um bocado costureiro…vou buscar outro chá…

O ensaio acabou por ser melhor do que eu esperava, entretanto houve, por momentos, alguma agitação entre os actores que falavam quando estavam fora de cena e acabavam por desconcentrar os colegas que estavam a actuar no palco, mas nada que não fosse resolvido com um “leve” levantar de voz… Temos de ter disciplina e respeitar o trabalho dos outros…

Também senti que quanto mais se aproximava o fim da peça, mais as coisas ficavam difíceis para os actores, os textos escritos voltaram para as nervosas mãos, marcas eram esquecidas e cenas foram repetidas. Em compensação fiquei com um sorriso de orelha à orelha quando um dos actores principais, vítima involuntária das alterações do elenco, largou o texto escrito e esforçou-se para lembrar das deixas… “Parabéns meu lindo!”…

Caminhamos em frente e durante quase todo o ensaio mantive meu carinhoso sorriso, assegurando a continuidade do trabalho dos actores.

Senti-me feliz pelo resultado final. Dispensei todo o elenco e fiquei apenas com os actores/cantores e o Director Musical para ensaiarmos as músicas. Foi bom, mas ainda temos muito trabalho.

E o chá acabou… Amanhã há mais…

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