sábado, 10 de outubro de 2009

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Preçário


Estudantes e professores acompanhantes:
3.00 Euros
Público em geral: 7.50 Euros
Grupos com mas de 8 elementos: 5.00 Euros

Reservas: 961547143 / 911100015 / geral@contigoteatro.com

Calendário

NOVEMBRO

03 - Ter. - Estreia - público em geral – 21h30
- Auditório RDP
04 - Qua. - Representação - público escolar - 11h00 e 15h00
- Auditório RDP
05 - Qui. - Representação – público escolar – 11h00 e 15h00
- Auditório RDP
06 - Sex. - Representação - público geral - 21h30
- Auditório RDP
24 - Sex. - Representação - público escolar - 10h00
- Esc. Francisco Franco

DEZEMBRO

03 - Qui. - Representação – público escolar – 11h00
- Centro Cultural John dos Passos


Tempo de Representação: Aproximadamente 1h10 minutos

Chegada ao Teatro: 15 minutos antes do espectáculo

Dados técnicos


Ficha técnica


Autoria: Paulo Renato Trincão
Encenação: Duarte Rodrigues
Personagens /Actores
Charles Darwin - Sandro Nóbrega
Emma Darwin - Maria José Costa
Francisco de Arruda Furtado - Marco Lima
António de Arruda Furtado - Nuno Santos
Mãe de Francisco e de António – Celina Pereira

Cenografia: Duarte Rodrigues e São Gonçalves
Selecção musical: Duarte Rodrigues
Desenho de Luz: Duarte Rodrigues
Animações: Sandra Camacho
Montagem e criação de vídeo: Marina Ornelas
Operação de Vídeo: Marina Ornelas

Figurinos: São Gonçalves
Caracterização: São Gonçalves
Costura: Fátima Trindade
Concepção e Execução de Material Gráfico: Filipe António e São Gonçalves
Operação de som: Tiago Escórcio/ Duarte Gomes
Operação de Luz: Duarte Rodrigues/ Marco Andrade
Produção Executiva: Maria José Costa, São Gonçalves e Sandro Nóbrega
Produção: Companhia Contigo Teatro

Apoios/Agradecimentos: DRE- Direcção de Serviços de Tecnologias Educativas; DRJ; RDP, Órgãos de Comunicação Social

Breve nota sobre Francisco de Arruda Furtado

(Imagem daqui)

Francisco de Arruda Furtado nasceu em Ponta Delgada, a 17 de Setembro de 1854.

Foi amanuense na Repartição da Fazenda da sua cidade natal mas, quando contava 22 anos de idade, foi convidado por José do Canto a trabalhar como escriturário na sua casa comercial, cargo que desempenhou durante 7 anos.

Apaixonado pela história natural desde muito novo, com 19 anos tornou-se colaborador de Carlos Machado, contribuindo para a fundação do Museu de Ponta Delgada (1880) e incluindo-se no grupo de naturalistas açorianos que veio a organizar-se em torno desta instituição e de alguns jardins particulares.

Com o objectivo de divulgar as espécies animais açorianas, enviou amostras de espécies animais e vegetais a diversos especialistas estrangeiros com quem se correspondeu.

Esse interesse pelo arquipélago aumentou desde que Charles Darwin, em 1859, publicou a sua obra Origin of species by Means of Natural Selection para explicar a evolução dos seres vivos.
Esta circunstância marcaria a sua actividade no Museu de Lisboa, para onde se transferiu em 1885, e onde a sua actividade científica passou a estar envolvida com a organização de colecções museológicas e com a descrição de espécies.

Foi membro honorário da Philosophical Literary Society de Leeds e da Sociedade de Geografia de Lisboa. Proposto para membro da Academia Real das Ciências de Lisboa não chegou a ser nomeado por entretanto ter falecido.

Publicou algumas poucas dezenas de artigos científicos e de divulgação nos Açores, em Lisboa, em Paris e em Londres.

Morreu na Fajã de Baixo, arredores daquela cidade, em 21 de Junho de 1887.

Breve nota sobre Charles Darwin

(Imagem daqui)

Charles Darwin nasceu a 12 de Fevereiro de 1809, em Mount, próximo de Shrewsbury, no seio de uma família abastada. Em 1825, foi estudar medicina para Edimburgo, tendo desistido dois anos mais tarde, para ingressar no curso de direito na Universidade de Cambridge. Um dos seus professores, o Prof. Henslow, convenceu-o a levar mais a sério o seu interesse pelas Ciências e falou-lhe de um navio, o H.M.S. Beagle, que iria partir para uma viagem à volta do mundo numa missão de investigação.

A viagem do Beagle começou a 27 de Dezembro de 1831. Durante este tempo percorreu toda a costa sul-americana, parou em todas as ilhas das Galápagos, continuando para a Austrália, para Sul de África, percorrendo ainda algumas ilhas atlânticas, voltando a Inglaterra 5 anos mais tarde.

Pouco tempo depois do seu casamento com Emma Wedgwood, a família mudou-se para a aldeia de Down no Sudeste da Inglaterra. Foi aqui que desenvolveu a teoria que o tornaria famoso e que iria revolucionar o pensamento. Darwin permaneceu nesta casa o resto da vida rodeado apenas pela família e alguns amigos mais íntimos, sofrendo de várias doenças que o tornavam cada vez mais frágil e isolado.

Escreveu um livro que resumia a sua teoria, The origin of species (A origem das espécies), publicado a 24 de Novembro de 1859.

Morreu a 1 de Abril de 1882, tendo sido sepultado na Abadia de Westminster — devido à sua popularidade, o governo concedeu-lhe esta honra, ainda que contra a vontade da família.

Breve nota sobre o autor

Paulo Trincão
(Imagem daqui)

Breve nota sobre o autor
(auto crítica biográfica)

Nasceu há cinquenta anos em Coimbra (…) Desde sempre coleccionou tudo e quando deu por ele queria ser paleontólogo. Para isso estudou na Universidade de Coimbra onde mais tarde foi assistente (1982). Um dia, teve a certeza de que esse não era o seu lugar e desde essa altura percebeu que teria de partir à procura do seu caminho. Encontrou em Aveiro a sensação de liberdade que as terras planas transmitem (1986)

Foi em Lisboa que se doutorou (1990) com uma tese que fazia lembrar uma grande colecção de cromos. Estudou pólenes e esporos com mais de 100 milhões de anos com o espanto e o entusiasmo que Darwin deve ter tido na sua viagem. (…) Depois de 17 anos de conversas solitárias com o seu microscópio, achou que era tempo de voltar a olhar para o mundo. Começou uma nova vida a tentar perceber se a ciência seria um factor de bem-estar para as pessoas.

Rapidamente ficou perdido na selva do conhecimento, nos meandros da cultura, acabando por regressar a Coimbra para tentar recuperar a obra do Prof. Mário Silva: o Museu Nacional da Ciência e da Técnica (1999).

Regressou a Aveiro em 2004 para, de um velha fábrica, fazer um centro de ciência.
Foi na sua função de operário que percebeu que todas as formas são úteis para falar de ciência. O teatro ocupou desde logo um lugar de destaque na procura de novas linguagens para comunicar ciência

No universo da Comunicação de Ciência, começou a dar aulas de Mestrado na Universidade de Aveiro (2004) sobre museus e centros de ciência, acreditando que é fundamental formar uma nova geração de profissionais nesta área.

Colaborando com o Parque Escolar (2007), criou o conceito de Espaço da Memória e do Conhecimento, procurando dar uma nova vida aos museus da escola.

Por não existirem muitos textos de teatro de autores portugueses nos quais a ciência tenha um papel fundamental, decidiu, no calor do Verão, embarcar na aventura de escrever esta peça.

Paulo Trincão, in O Português que se Correspondeu com Darwin
(texto transcrito com supressões)


Sinopse da peça

(Imagem daqui)

"O Português que se Correspondeu com Darwin" de Paulo Renato Trincão apresenta como objectivo fundamental a divulgação, não só de alguns conhecimentos científicos característicos das ilhas oceânicas (Açores e Madeira), mas também de algumas teorias científicas que marcaram para sempre as ciências naturais, nomeadamente o Evolucionismo de Charles Darwin.

Essa divulgação faz-se através da encenação de uma época específica da nossa história e com a apresentação de dois quadros distintos que se entrecruzam: Down, onde Darwin, já abatido por algumas das doenças que o afligiam, ainda teorizava e trocava correspondência com muitos eminentes cientistas da sua época, e S. Miguel, nos Açores, onde Francisco de Arruda Furtado, aspirante a cientista, amante das ciências naturais, se correspondeu com Darwin na esperança de aprender mais sobre a evolução das espécies.

É um espectáculo que apresenta uma componente de projecção de imagens das teorias divulgadas e dos locais referidos, assim como de espécies que levaram Darwin a formular a sua revolucionária teoria, assim como a dramatização de algumas das cartas que Darwin e Arruda Furtado trocaram entre si.

CT apresenta Darwin


Texto introdutório

Nem sempre o teatro (enquanto Arte) e a ciência (enquanto Ciência) andam juntos. Aliás, muitas vezes, e sem qualquer fundamento, julgamos que as pessoas mais ligadas às ciências não têm qualquer apetência pelas artes. Sentimos a necessidade de aliar estes dois universos, que não têm de andar necessariamente de costas voltadas.

Sabendo que o ano de 2009 é comemorado internacionalmente como o Ano de Darwin, e que a 24 de Novembro de 2009 se comemoram 150 anos desde a publicação de A Origem das Espécies, a Contigo Teatro orgulha-se de levar à cena o trabalho O Português que se correspondeu com Darwin de Paulo Renato Trincão, com encenação de Duarte Rodrigues.

Este texto, de natureza didáctica, pretende não só divulgar a obra de Darwin e alguns conhecimentos científicos, mas também dar a conhecer um português, Francisco de Arruda Furtado (curiosamente oriundo também de um arquipélago, o dos Açores) que se correspondeu com o célebre naturalista.

Esta obra não só será, assim pensamos, do interesse de um público mais ligado às ciências, mais concretamente aos professores que leccionam algumas disciplinas específicas no Ensino Básico e Secundário nas escolas da RAM, mas também aos alunos destas áreas.

Uma vez que também fazemos parte de uma ilha, cuja fauna e flora são mundialmente reconhecidas pelas suas especificidades e riqueza, este espectáculo assume ainda maior relevância. Não esqueçamos que a ilha da Madeira foi, na verdade, a ilha mais citada na referida obra de Darwin.

Cumprem-se, assim, alguns dos objectivos fundamentais deste nosso projecto: divulgar conhecimentos científicos, dar a conhecer o português que se correspondeu com Darwin, colocar a Arte ao serviço da Ciência (e vice-versa) e apresentar o espectáculo a um público mais especializado sem que este deixe de ser, igualmente, apreciado pelo público em geral.

É caso para dizer: bem-vindos ao Teatro.