domingo, 27 de janeiro de 2008

Relato do Dia - Nuno R.

26/01/2008

Sou eu, desta vez “ the chosen One”, que não é bem o mesmo que, “the special One”. Quero com isto dizer que foi a mim, a quem atribuíram a honra (mas também a responsabilidade) de partilhar com vocês os momentos vividos na preparação desta produção.

Ao chegar, tenho logo direito a uma “entrada” digna de prato principal, as fadinhas ensaiam as suas danças com Traquinas. A coreógrafa coordena as suas pupilas, o encenador aprova deslumbrado. Não é para menos, o momento é sublime.

O tempo, esse ingrato, não dá tréguas. Está na de hora de recomeçarmos do ponto em que ficamos na véspera. Antes disso, tempo para o “xixi”. Pegamos na peça de onde a deixamos. “Sem paragens.”-diz o Marco. Não há tempo a perder. E assim é. O ensaio decorre sem parar (ou, quase sem parar). Nesta altura já não há lugar para os erros, que eventualmente acontecem devido a recentes alterações.

Chegamos ao momento da actuação dos artesãos e assim, temos de novo a Xinha a coreografar o elenco. Primeiro os nobres, depois os artesãos-actores. Dançamos cheios de entusiasmo e alegria. Está na hora de libertar energias. O momento é de grande descontracção e regozijo. Sinto-me tentado a parafrasear Vanessa Fernandes: “Faz bem ao corpo e liberta o espírito.”.

Segue-se o momento final da peça, afinámos as vozes e posteriormente ensaiámos o ordenamento dos actores para os agradecimentos finais. De novo, encenador e coreógrafa juntam-se para harmonizar a disposição do elenco. A simbiose uma vez mais acontece! Mas… falta o Filostrato. Depois se verá o seu lugar!

O ensaio acabou… A São quer falar com o elenco sobre o guarda-roupa. Primeiro as fadas, pois as “crianças” têm de ir embora -“Obrigado meninas”. De seguida, o resto do elenco. Entretanto chega o Mário André, traz os novos arranjos musicais. Como diria, Tom Peters: “It’s… show time! All the time!”.

Podeis vós, nobre público, conferir
Que a peça vos fará sentir encantadoras emoções,
Não vos desdenho tamanha fortuna,
Pois não me esqueço de que nos bastidores
Vivemos a magia de tal encanto.

Nuno Ribeiro
"Tomás Nuno Biquinho, o Muro"


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